GUIRLANDA
Que nos seja o Natal
O milagre constante,
Da Criança que nasce
A ensinar sobre a paz!
Que seja o Natal
Toda luz que ilumina
A escuridão peregrina,
O tudo que nos compraz.
Que nos seja o Natal
A lição encenada
Dádiva abençoada!
No palco das manjedouras…
De que só é Natal
Toda benção exercida
No tempo revivida…
Sob a Luz duradoura.
Que não nos seja o Natal
A amizade que passa
Só correndo sem ver
O que deixou para trás…
Que não nos seja o Natal
O encontro fortuito
Nem tampouco o descuido
Dum abraço fugaz.
Que nos seja o Natal
Toda flor que renasce
Para logo espargir
Seu pólen sobrenatural…
Sempre nos seja o Natal
Um jardim colorido…
Nunca um chão ressentido
Por tanta mão que desfaz.
Que nos seja o Natal
Toda biodiversidade….
Renascidas cidades,
Seja-nos um límpido céu!
Que não nos seja o Natal
Um gesto sem sentido…
Num presépio esquecido
Pelo Papai-Noel.
Que nos venha o Natal
Em silêncio contrito
Não em grito contido
Que ninguém escutou…
Que na noite tão Santa
Possa ser a Criança
O milagre do Santa
Claus que nos perdoou.
Que nos seja o Natal
A esperança que surge
A ciranda que urge!
Todos nos dando as mãos…
Que nos seja o Natal
O tudo que amiúde
À nossa concretude
Seja-nos plena redenção.
A criança que brinca…
O sino que tilinta
A estrela de Belém…
As luzes religadas
As canções ensaiadas
A oração pelo bem.
Toda mesa arrumada
Guarnição caprichada
Àrvores tantas a piscar…
Na floresta encantada
Noite Santa em Alvorada!
Graças a nos iluminar.
Que sejamos o Natal!
Em guirlanda enfeitada
Por cada mão preparada
Ao melhor que convém…
O planeta girando
E todo mundo esperando
Pelas bênçãos do além.
Que nos seja o Natal
Qual uma ciranda dos novos!
Ao planeta remoto
Da conscientização…
De que somos o Natal
Nós, A guirlanda dos povos!
Todos juntos a postos
A cirandar a união.