Estrela-guia

Na estranheza da noite que perdura

Insistentes são os apelos da solidão

A alma cansada de vãs procuras

Passa a escutar o próprio coração

Para o céu dirige seus anseios

Num monólogo com seu interior

Revelam-se profundos desejos

De vida, liberdade e amor

Uma estrela quase oculta

Sensível, ouve íntimo clamor

Enternecida, ela tudo escuta

Reconhecendo antiga dor

Fortemente, começa a brilhar

Do infinito espaço, da imensidão

E docemente penetra no olhar

Que acende como luz na escuridão

Esperança transparece no semblante

Divino se torna o especial momento

Do universo tão amplo e distante

Advém bonito e intenso alento

Essa estrela, a todos guia

Nos caminhos do ser, é o destino

Mesmo longe, não se distancia

Na escuridão, reluz de sentidos