O NATAL DA CINDERELA E DO BOM LADRÃO
Gente! Ajudem-me encontrar os sapatos de Cinderela
que a jovem moça havia deixado na sua humilde janela
a fim de que venha receber seu presente do Papai Noel.
Infelizmente, à noite, veio um ganancioso larápio e créu,
ele surrupia os transparentes e lindos sapatinhos de cristal;
por causa disso a Cinderela está sem o presente de natal.
A fada madrinha da púbere tentou substituir o bom velhinho,
todavia o resultado foi em vão, apesar do belo gesto de carinho.
Por acaso algum de vocês aí sabe onde está o desumano ladrão?!
Ver Cinderela chorando e sem presente é de cortar o coração!
De repente todos escutam uma voz desesperadora e infeliz...
Papai Noel! Papai Noel! Eu não medi a consequência do que fiz!
Ouça-me, imploro! Não vendi! Aqui estão os sapatinhos de cristal!
Não deixe a dona deles ficar sem o presente natalino! Não é legal!
Abra por caridade o seu expediente, Noel, e da tradição despoje
corrija a injustiça que eu o ajudei a cometer. Insisto, apenas hoje,
deixe-me sem o meu presente de natal, visto que me importo não,
pois mereço o castigo... mas da moça do sapatinho, tenha compaixão!
Ouvindo a súplica do altruísta ladrão, Papai Noel não se faz de rogado.
Pega apenas algumas renas, o trenó e num átimo os estaciona ao lado
da casa da Cinderela. Moça, eis aqui os seus sapatinhos e o presente...
Não chore mais! Dê tchau para a tristeza! Não chore! Fique contente!
A pessoa que roubou seus calçados mostrou-se bastante arrependido,
e me pediu para desfazer, entre aspas, o que chamo de mal entendido.
Papai Noel, o bom ladrão vai ficar sem presente de natal? Não, Por favor!
Dê um presente a ele, não o deixe sem. Senti no coração a tal imensa dor.
O FILHO DA POETISA