CONVERSA DE NATAL
Nem sei se mais saúde, ou se mais alegrias
Se mais Paz!
Talvez precisemos mesmo
de uma dose cavalar de esperança
Pois, a herança que nos foi imputada
Deixou-nos, co’ alma escravizada, em degredo
É preciso, abrir os porões
dos nossos próprios navios negreiros
Retirar, dos nossos caminhos os grilhões
Façamos então um tratado!
Façamos um tratado tu; e eu
O mais importante, que ele tenha a força
d’um sentimento universal
Que ele seja energia!
Energia pura, vital
Dividiremos o respeito, em partes iguais
Os lucros das benesses no dia a dia
E que não nos esqueçamos, dos dividendos apurados
Co’ a fome e as misérias do nosso espírito
Sejamos mais justos e menos hipócritas
Sejamos mais fé e mais raiz
A força motriz, que alimenta
os moinhos de vento
Que eles sequem as lágrimas
Espalhem os pensamentos
E façam girar, a moenda dos sonhos
Onde se encontram os homens
E o todo, que é Ser Divino