A face oculta do Natal
Papai Noel, meu filho, é utopia.
É como um sonho vindo do além
para carpir, na dor que o mundo tem,
o solo que sepulta a poesia.
Papai Noel, meu filho, é um alguém
que já não ri do jeito que sorria,
quando o Natal não era só um dia
pra penhorar o último vintém.
Papai Noel, meu filho, é um cartão
de crédito ou de débito, um talão
de cheques pré-datados e sem fundo,
que esperam pelo décimo terceiro.
Papai Noel, meu filho, é o dinheiro
que hoje toca sinos pelo mundo.
Fosse Papai Noel um são Raimundo,
teríamos Natal o ano inteiro.
Papai Noel, meu filho, é utopia.
É como um sonho vindo do além
para carpir, na dor que o mundo tem,
o solo que sepulta a poesia.
Papai Noel, meu filho, é um alguém
que já não ri do jeito que sorria,
quando o Natal não era só um dia
pra penhorar o último vintém.
Papai Noel, meu filho, é um cartão
de crédito ou de débito, um talão
de cheques pré-datados e sem fundo,
que esperam pelo décimo terceiro.
Papai Noel, meu filho, é o dinheiro
que hoje toca sinos pelo mundo.
Fosse Papai Noel um são Raimundo,
teríamos Natal o ano inteiro.