NATAL À BRASILEIRA
Cadente já é Dezembro, de sabor amargo, e lágrimas fluem como em dado rio.
Prantos desaguam suas almas sobre assodadas superfícies e estalagens.
Rogos há ao Bom Velhinho no renascer, quando rúbio é o solo de tarja negra.
Mariana, no entanto, orna-se de resiliente esperança.
A doce menina busca nos céus estrela que candentemente se alvore
e sonha que ao mar seu espírito, que é santo, surfe o amor.
Ela teoriza que, co' um pouco de fé e a devida mudança,
em berço auriverde, em breve, ressurja um salvador.