NATAL À BRASILEIRA

Cadente já é Dezembro, de sabor amargo, e lágrimas fluem como em dado rio.

Prantos desaguam suas almas sobre assodadas superfícies e estalagens.

Rogos há ao Bom Velhinho no renascer, quando rúbio é o solo de tarja negra.

Mariana, no entanto, orna-se de resiliente esperança.

A doce menina busca nos céus estrela que candentemente se alvore

e sonha que ao mar seu espírito, que é santo, surfe o amor.

Ela teoriza que, co' um pouco de fé e a devida mudança,

em berço auriverde, em breve, ressurja um salvador.

Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 05/12/2015
Reeditado em 06/12/2015
Código do texto: T5470665
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