Enterro do Pinheiro
Apenas uma árvore
Sem luz, sem som, sem cor
Despida por inteira
Sem presentes ao redor
As esferas coloridas
Balançando-se ao vento
Se soltaram, uma a uma
Foram embora com o tempo
Os sinos, cor de ouro
Que cantavam alegria
Perderam suas vozes
Agora gemem, em agonia
A cor que ali brilhava
Já não pisca colorida
E a estrela lá de cima
Desistiu de sua vida
O que sobrou, no final
Eu mesmo incendeio
E com as cinzas do natal
Eu cubro o meu pinheiro