Do Conto de Natal

Sorrindo, veio contar que hoje é natal;

melhor dia para dar e receber presente;

e mostrou, no olhar, um brilho comercial...

esse que, ao brilhar, mostra os cifrões que sente.

Depois, brilhou (então) seu suco estomacal

pois, com olhos de glutão, disse (gulosamente)

que, nesse dia (cristão) morre um animal

para satisfação da gula de muita gente.

Porém, brilho mais doído, trouxe no final;

quando, de olhar perdido, duro e descrente

disse ter já lido, num conto do oriente,

que com um concebido em ventre virginal

teria nascido a tradição do Natal;

"conto mais sem sentido!" completou, sorridente.

25-12-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 25/12/2014
Reeditado em 11/12/2015
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