Noël.

Me sento à mesa para a ceia

querendo matar toda a saudade

dos natais felizes,

comendo sobre a sombra

dos pratos roubados.

Com todos os meus que partiram

rindo e admirando os sorrisos cor de oliva

pelo vidro da garrafa de vinho.

Falávamos de todos os mortos

Até daqueles que teimam em fingir estar vivos.

Trocamos nossas lembranças,

cheiros e carinhos há tempos guardados.

Entre taças esvaziavam entre nozes e damascos.

Esse pernil eu passo,

mas quero um tanto mais desse teu abraço.

Max Olivete
Enviado por Max Olivete em 24/12/2014
Reeditado em 24/12/2014
Código do texto: T5080073
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