“Havendo chegado o tempo
Em que de nascer havia,
Ele, como desposado,
Do seu tálamo saía
Abraçado com a esposa
Que nos braços conduzia,
O qual a mãe carinhosa
Num presépio deitaria
Entre uns poucos animais
Que ali no momento havia.
Homens cantavam louvores,
Vozes de anjos, melodia,
Festejando o desposório
Dos dois, que ali se cumpria;
Deus, porém, no seu presépio,
Ali chorava e gemia,
Pois eram jóias que a esposa
Ao matrimônio trazia,
E a mãe surpreendida estava
Da permuta que ali via:
O pranto do homem em Deus,
E no homem a alegria,
Que, tanto num como noutro,
De modo oposto ocorria.”
São João da Cruz
Séc. XVI
-Romance 9-
Feliz Natal!
Em que de nascer havia,
Ele, como desposado,
Do seu tálamo saía
Abraçado com a esposa
Que nos braços conduzia,
O qual a mãe carinhosa
Num presépio deitaria
Entre uns poucos animais
Que ali no momento havia.
Homens cantavam louvores,
Vozes de anjos, melodia,
Festejando o desposório
Dos dois, que ali se cumpria;
Deus, porém, no seu presépio,
Ali chorava e gemia,
Pois eram jóias que a esposa
Ao matrimônio trazia,
E a mãe surpreendida estava
Da permuta que ali via:
O pranto do homem em Deus,
E no homem a alegria,
Que, tanto num como noutro,
De modo oposto ocorria.”
São João da Cruz
Séc. XVI
-Romance 9-
Feliz Natal!