A Diáspora do Excluídos (O Natal )

Enfim acordo para vida,

E entendo minha real serventia,

No mundo material.

Deixo de perseguir minhas abstrações,

Do mundo dos sonhos.

E foco meus pensamentos,

Para um mundo de concreto armado,

Armado sim, de, feras racionais,

De ódios reais e invejas normais.

É assustador toda perversa beleza,

Do mundo dos mortais.

Imenso mundo que não tem lugar,

Para os normais os fracos.

Não há compreensão para os poetas e pensadores,

Amantes e boêmios.

Identificamos-nos na multidão,

E nos misturamos ao exército dos excluídos,

Que abandonam seus postos de trabalhos,

Nos sinais vermelhos, nas reciclagem dos lixões,

Nas esquinas de cracks e prostituições.

Menores e explorações...

A diáspora segue em uma multidão paralela,

Rumo à terra prometida e desconhecida,

Onde todos nós cearemos em baixo de um viaduto qualquer,

Sob a luz do luar.

Em uma noite de natal.

Jmarcello

Jmarcello
Enviado por Jmarcello em 07/12/2011
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