A Diáspora do Excluídos (O Natal )
Enfim acordo para vida,
E entendo minha real serventia,
No mundo material.
Deixo de perseguir minhas abstrações,
Do mundo dos sonhos.
E foco meus pensamentos,
Para um mundo de concreto armado,
Armado sim, de, feras racionais,
De ódios reais e invejas normais.
É assustador toda perversa beleza,
Do mundo dos mortais.
Imenso mundo que não tem lugar,
Para os normais os fracos.
Não há compreensão para os poetas e pensadores,
Amantes e boêmios.
Identificamos-nos na multidão,
E nos misturamos ao exército dos excluídos,
Que abandonam seus postos de trabalhos,
Nos sinais vermelhos, nas reciclagem dos lixões,
Nas esquinas de cracks e prostituições.
Menores e explorações...
A diáspora segue em uma multidão paralela,
Rumo à terra prometida e desconhecida,
Onde todos nós cearemos em baixo de um viaduto qualquer,
Sob a luz do luar.
Em uma noite de natal.
Jmarcello