FOLHAS DE DEZEMBRO I - TUM TUM TUM
No caminho, vinha um burrico
Sobre ele a virgem e ao lado, um homem.
Não tinham um destino, só um caminho.
E a dor provocava um choro de incerteza de uma noite fria.
Bateram na porta
Tum, tum, tum
E alguém disse "Não".
Uma outra porta, mais uma vez "Não".
Assim seguiram no caminho da vida
Até que ela já não conseguia mais;
Ele amparou-a nos braços sem saber o que fazer.
Alguém lembrou-se do estábulo
É, onde fica os animais...
Que tal?
Foi neste momento
Que o vento cantou a canção da vida
E num choro repentino
A esperança passou a ter corpo.
Era a vida presente na existência
Viva no rosto de um menino.
Que continua a bater nas portas
Tum, tum tum
Alguém deixa Ele entrar?