AI -ANJO !
AI- ANJO!
Destino ingrato traço
Labuto no queimado, rude da roça;
Sou de orfandade pobre,
Nem tive priviléguio ou colégio.
Prossiguo sempre doente
Sozinho,com destino ardente,
Flamo luminosa coragem;
Sou anjo de visões sonhadouras!
Sou menino,
Sou garoto-moleque,
Sou anjo-doente;
Sou mendingo- feliz.
Minha morada é triste,abaixo dos ares
Entre ramadas,camadas e moitas;
Vou cantando meus pesares,em moradia feia e eterna!