Natal e tal
Meu Natal é hoje
Assim como meu presente
Amanhã não quero estar sonâmbulo
Não quero uma árvore de Natal só para meus olhos
Quero luz além do dia, além da noite
Acesa; absoluta; sem minha presença dentro de mim
Ceia Santa a qualquer dia, a qualquer hora
20 de agosto, 30 de maio, às 5 da manhã
Não é farta. É abundante na medida do infinito
Adultos festejam
Desde que sejam crianças sem vagas no olhar
Coração sino retine ecoa longe bimbalhar
Meu Natal não é coisa e tal
Me cobre com um manto de linho
Me torna odre novo de puro vinho
Não quero tudo isso como um sonho
Como brinquedo quebrado sem dono
Há que ser véu descerrado
Livre
Sem abandono
Meu Natal
não é coisa e tal