É Natal
Volta-se para a rua fria,
Com os olhos cheios de lágrimas.
Algumas pessoas olham-no docemente,
E uma moça caminha para ele
E brinca-lhe com o cabelo crespo.
Depois lhe pega no queijo, para erguer o rosto,
E com um sorriso lhe segura as mãos:
_Então é Natal!
Deixa-se ficar com as mãos entre as dela,
Engolindo o choro dentro do peito.
A seguir, vai-se entreabrindo,
Mostrando um largo sorriso
Estendendo-o mais ainda
Quando recebe uma caneca de café e pão.
E assim fica, até quando a moça vai embora,
Num pedaço da rua...