O mistério do natal não é o mesmo do consumo

O natal do miserável

Não é o mesmo de quem tem

Nem tudo o que é palpável

É digno de receber nosso amém

Quem constrói a sua vida

Com base nos seus bens

Caminha para um beco sem saída

Onde vai perecer com seus vinténs

Os enfeites seduzem as massas

E as massas compram sem parar

E com isso parecem ter asas

Para seus vazios minorar

Vidas vazias sem função

Movidos pela multidão

Tendem às lágrimas da distância

Tendem a solidão

E o que pode dá-las a paz

Está no elo existencial

Entre o miserável e o que tem

O mistério que os move

E a história de Belém

Chesman Emerim
Enviado por Chesman Emerim em 07/12/2006
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