O mistério do natal não é o mesmo do consumo
O natal do miserável
Não é o mesmo de quem tem
Nem tudo o que é palpável
É digno de receber nosso amém
Quem constrói a sua vida
Com base nos seus bens
Caminha para um beco sem saída
Onde vai perecer com seus vinténs
Os enfeites seduzem as massas
E as massas compram sem parar
E com isso parecem ter asas
Para seus vazios minorar
Vidas vazias sem função
Movidos pela multidão
Tendem às lágrimas da distância
Tendem a solidão
E o que pode dá-las a paz
Está no elo existencial
Entre o miserável e o que tem
O mistério que os move
E a história de Belém