NATAL...

Que há afinal de tão belo num dia comum

Onde morrem pessoas adultas, crianças e idosos?

A vida continua sofrida para qualquer um

Apenas a mesa mais farta para meros simplórios.

As horas ainda passam arrastadas para quem vai ficar

E correm apressadas nas malas que precisam partir

O sol continua o instrumento de cancerizar

A pele cansada daquele que não tem pra onde ir.

As chuvas inundam os sonhos da casa ideal

A seca extingue o jardim no solo sem vida

O vento desnuda a paisagem excepcional

Da Terra que vive encoberta de sangue e mentira.

Os dias serão sempre os mesmo a comemorar

Onde um sempre morre para outro sobreviver

Assim nascerão os herdeiros que irão nos lembrar

Nas cruzes fincadas no solo em que vamos morrer...

Vanessa Rodrigues.

Vanessa Rodrigues
Enviado por Vanessa Rodrigues em 20/01/2011
Código do texto: T2741467
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