VISITANTE NATALINO
Sem nenhum sapatinho na janela
Coloridas luzes e sem Papai Noel
Pelos becos e ladeiras de favelas
Não chegam milagres lá do céu.
Antiga e perene miséria nordestina
É tristonha e envergonha a cidade
Tão antiga é a morte vida Severina
Salta aos olhos tamanha crueldade
Nas favelas pouco tem pra se viver
Quanto é grande a pobreza do lugar
Sem a fé ninguém sente ninguém vê
Quando a estrela o Natal anunciar
Se Ele prometeu voltar um dia
No final dos tempos há de chegar
Enquanto houver mês de dezembro
Muitas vezes ainda nos visitará
Nos inúmeros casebres nordestinos
Ainda persiste a grande esperança
Na estrela de nosso Deus Menino
Que traz alegria e a bonança.
MCCPazzola