Ratolino, o Ratinho que queria ser Menino
Ratolino, o Ratinho que queria ser Menino
Jorge Linhaça
Havia um dia um ratinho
que queria ser menino
O natal vinha pertinho
Já se ouviam os sinos
Ratolino, se chamava,
Educado e bem legal
Ansioso aguardava
Pela noite de Natal
Nos seus sonhos já se via
Co'as crianças a brincar
Tudo o que mais queria
Era então se transformar
Na véspera do Natal
Ratolino, em sentinela.
Pôs biscoitos e curau
Bem pertinho da janela
Fixou bem firme as vistas
Ficou olhando pro céu
Esperando a visita
Do bom e velho Noel
Papai Noel foi chegando
Com seu trenó colorido
E Ratolino sonhando
Realizar seu pedido
Mas quando Noel desceu
do seu trenó encantado
Ratolino percebeu
Que havia algo errado
O Noel se aproximou
Com uma caixa na mão
Ratolino estranhou
Ganhar um presente então
O bom velhinho sorriu
Ao ver ali Ratolino
E perguntou se pediu
Para virar um menino
Ratolino respondeu:
- Sim , foi esse o meu pedido
O Noel se enterneceu
Mas falou ao seu ouvido
- Ratolino, bom ratinho
Por que queres ser menino?
Pode ser a água vinho
E lograr o seu destino?
Se ratinho tu nasceste
Bom motivo há de haver
Ou será que te esqueceste
Do bem que podes fazer?
Se tu fosses um menino
Quem faria pois o bem
Que tu fazes aos ratinhos?
Já te respondo: Ninguém!
Tu podes ser diferente
E achares isso estranho
Mas de que vale ser gente
Ter diferente tamanho
Se o coração se fechar
E o bem não se fazer
Aos outros nunca ajudar
E fingir a dor não ver?
Tu, querido Ratolino,
Diferente como és,
Não há dentre os meninos
Um que chegue aos teus pés.
Somos todos diferentes
Cada qual com seu talento
Ser ratinho ou ser gente
Depende do sentimento
Há tanta gente sem fé;
E tanto ratinho crente;
Tanto menino ratinho
Tanto ratinho que é gente
Não importa o tamanho
O que vale é o coração
Pois mesmo aquele estranho
É no fundo nosso irmão
Ratolino tudo ouvia
Das palavras de Noel
E o mundo parecia
Um imenso carrossel
Ratolino entendeu
Que nas voltas desta vida
Se ratinho ele nasceu
Foi por divina medida
Entendeu que seu valor
Não estava na aparência
Mas sim na força do amor
E da sua consciência.
Ratolino e o Pai Natal
Se despediram co'um beijo
E o presente? Que legal!
Um delicioso queijo.
O nosso amigo ratinho
Foi o queijo repartir
Com muito amor e carinho
E a todos fez sorrir.
Arandu, 13 de dezembro de 2009
***
Contatos com o autor
anjo.loyro@gmail.com
Ratolino, o Ratinho que queria ser Menino
Jorge Linhaça
Havia um dia um ratinho
que queria ser menino
O natal vinha pertinho
Já se ouviam os sinos
Ratolino, se chamava,
Educado e bem legal
Ansioso aguardava
Pela noite de Natal
Nos seus sonhos já se via
Co'as crianças a brincar
Tudo o que mais queria
Era então se transformar
Na véspera do Natal
Ratolino, em sentinela.
Pôs biscoitos e curau
Bem pertinho da janela
Fixou bem firme as vistas
Ficou olhando pro céu
Esperando a visita
Do bom e velho Noel
Papai Noel foi chegando
Com seu trenó colorido
E Ratolino sonhando
Realizar seu pedido
Mas quando Noel desceu
do seu trenó encantado
Ratolino percebeu
Que havia algo errado
O Noel se aproximou
Com uma caixa na mão
Ratolino estranhou
Ganhar um presente então
O bom velhinho sorriu
Ao ver ali Ratolino
E perguntou se pediu
Para virar um menino
Ratolino respondeu:
- Sim , foi esse o meu pedido
O Noel se enterneceu
Mas falou ao seu ouvido
- Ratolino, bom ratinho
Por que queres ser menino?
Pode ser a água vinho
E lograr o seu destino?
Se ratinho tu nasceste
Bom motivo há de haver
Ou será que te esqueceste
Do bem que podes fazer?
Se tu fosses um menino
Quem faria pois o bem
Que tu fazes aos ratinhos?
Já te respondo: Ninguém!
Tu podes ser diferente
E achares isso estranho
Mas de que vale ser gente
Ter diferente tamanho
Se o coração se fechar
E o bem não se fazer
Aos outros nunca ajudar
E fingir a dor não ver?
Tu, querido Ratolino,
Diferente como és,
Não há dentre os meninos
Um que chegue aos teus pés.
Somos todos diferentes
Cada qual com seu talento
Ser ratinho ou ser gente
Depende do sentimento
Há tanta gente sem fé;
E tanto ratinho crente;
Tanto menino ratinho
Tanto ratinho que é gente
Não importa o tamanho
O que vale é o coração
Pois mesmo aquele estranho
É no fundo nosso irmão
Ratolino tudo ouvia
Das palavras de Noel
E o mundo parecia
Um imenso carrossel
Ratolino entendeu
Que nas voltas desta vida
Se ratinho ele nasceu
Foi por divina medida
Entendeu que seu valor
Não estava na aparência
Mas sim na força do amor
E da sua consciência.
Ratolino e o Pai Natal
Se despediram co'um beijo
E o presente? Que legal!
Um delicioso queijo.
O nosso amigo ratinho
Foi o queijo repartir
Com muito amor e carinho
E a todos fez sorrir.
Arandu, 13 de dezembro de 2009
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Contatos com o autor
anjo.loyro@gmail.com