É Natal!
É natal!
Os sinos tocam avisando e entre tantos encantos,
Josés e Marias refletidos na grande árvore da vida,
anunciam o filho esquecido na miséria dos homens
que pelas esquinas, renderam-se às ilusões,
manjedouras vazias, choram a fome, choram o ter,
esquecem o ser...
É natal!
E que seja então de amor e fé,
venham as cores e todas as luzes,
renasce nas almas o sentido maior
que trouxe nesse dia um menino e que,
chamado Deus, nasceu,
cresceu e viveu mostrando a todos
os homens serem donos do próprio destino.
É natal!
Que toquem os sinos!
Que o homem reconheça no outro seu igual,
que traga em si a verdadeira magia
dessa data tão festiva,
que faça a diferença
nesse mundo de desavenças.
É natal!
Que as cores e as luzes não apaguem
o amanhecer do novo dia
e que a manjedoura, antes triste e vazia,
carregue agora a vida renascida
em atos que promovam a partilha.
É natal!
Olho então o mundo e busco a estrela de Belém,
talvez a tenha perdido também...
E assim, será Natal, e os sinos tocarão
anunciando ao mundo que o novo homem nasceu.