NATAL
NATAL
Há uma doce quietude, sem igual,
Um rumor que é singular,
No ar,
Porque é Noite de Natal.
Meu pensamento cavalgando a “estrela guia”
Leva-me a uma gruta escura e fria;
Donde soam primeiros vagidos
De um bambino recém-nascido.
Uma estrela resplendente,
Diferente,
Rasga a noite silente,
E pousa sobre um curral;
E estranhos raios de luz
Desenham no céu uma cruz.
Nas cercanias de Belém
Pastores guardam seus rebanhos;
E ao ouvirem sons estranhos
Vindos dos céus,
Guiados pela Estrela
Pressurosos põem-se a caminho
Para verem o Menino.
Porque assim estava escrito antes dos séculos,
Diante do menino ficam genuflexos
A adorá-Lo;
E Maria e José comovidos
Circunspectos e emudecidos,
Meditam no mistério do Deus feito homem.
Eduardo de Almeida Farias