Dona morte

Chegou de mansinho, como se não quisesse nada

Veio até mim sem hora marcada

Sua voz ecoou com dor encontrada

E meu ar sugou, feito fumaça.

O silêncio se instalou em meu corpo,

Meu ser se esvaiu, é oco.

Na escuridão fazia-se porto

A hora chegara como conforto.

Oh, morte, por que veio agora?

Por que não esperou lá fora,

Para que eu pudesse fugir?

Diz-me...

O que faço aqui?

O que restou de mim?

Até quando eu iria resistir, sem ter que partir?

Mas é chegada a hora,

A hora de ir.

Ecos da poesia
Enviado por Ecos da poesia em 20/02/2025
Código do texto: T8269178
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