NA POEIRA DA SAUDADE

Na poeira da saudade,

rabisco o seu nome

com meus dedos trêmulos.

Aqui jaz a dor sem remédio

Que ficou em teu lugar,

ocupando meus cômodos fechados,

e impedindo-me de ver o sol nascer.

Há luto e fantasmas no corredor,

tento abafar meus gritos no travesseiro,

deixar que as lágrimas explodam no rosto.

e externalizar a dor que me paralisa.

Beijei sua testa fria,

e fiquei com um gosto de morte nos lábios.

Josih Romano
Enviado por Josih Romano em 18/12/2024
Código do texto: T8221866
Classificação de conteúdo: seguro