NA POEIRA DA SAUDADE
Na poeira da saudade,
rabisco o seu nome
com meus dedos trêmulos.
Aqui jaz a dor sem remédio
Que ficou em teu lugar,
ocupando meus cômodos fechados,
e impedindo-me de ver o sol nascer.
Há luto e fantasmas no corredor,
tento abafar meus gritos no travesseiro,
deixar que as lágrimas explodam no rosto.
e externalizar a dor que me paralisa.
Beijei sua testa fria,
e fiquei com um gosto de morte nos lábios.