Como falar que quero morrer?

A inversão do nascer é a libertação do viver

Em alguma esquina, estrela, escada

Num grão de areia, as horas exatas

O grito de dor em um lugar cheio

não valeu de nada

O destino já fora traçado,

em algum bater de asas anterior ao choro

Ao espanto da vida, a dor se colocou como um véu transparente, dormia e comia junto à alma

Anos em turbilhão de agonia,

quem aguentaria?

Essa noite não dormi,

minha garganta pede um cigarro,

meu coração despedaçou,

minha mente é sem aro,

minha alma esvaziou

Quero pular de volta à água.