Labirinto dos Cegos
Em sua lápide o epitáfio do fim
Premeditando a traição do pacto
"Eles mataram o que restou de mim!
Genocídio esquecido, mas aplaudido e filmado..."
No labirinto dos cegos que se forjou
Um ódio profundo lhe contaminou
E os servos da luxúria o fogo queimou
Açoitados pelas bestas que o ego criou.
Impávido, sem brilho, a escuridão traumatiza
Os demônios que você teme, controlam sua vida
São chamados de senhores, reis e rainhas
Nadam no sangue das almas feridas.
Eterno delírio coletivo
Escravos de um falso espelho
São os cegos do labirinto
Filhos da ganância, guiados pelo medo...
O vale da morte ameniza a dor
Lapsos de uma sociedade morta
O fim da esperança de um mundo sem cor
Agora apodreçam na própria escória.