Tributo Rapha
Soube que a luz hoje não te despertou
E a vida, cruel, esse fardo entregou
Descansa agora, liberto do medo
Erros esquecidos no tempo tão cedo
Homens não choram, é o que dizem por aí
Mas permita-me o pranto que trago por ti
A despedida exige um gesto sincero
Mesmo na dor, sentimentos são eternos
Meu grande amigo, o fim em um triz
Será que estás num lugar mais feliz?
Tento acreditar, mesmo sem ver
Que um dia eu possa também conhecer
Clamei por Deus, mesmo em silêncio
A dor ecoa, é um fado imenso
A morte lhe chama, e em tons de saudade
O luto é dúvida, é dor, é verdade