Margarida murcha
Sob o céu pálido de um outono qualquer,
a margarida curva-se gradativamente em silêncio, como quem carrega a tonelada peso do tempo sobre cada pétala já desbotada.
Seu brilho, antes tão vívido, agora repousa em tons bem suaves.
A memória das primaveras vividas, o vento insiste em levar para bem longe.
Não é tristeza que a define, mas a aceitação serena de um fim, sem fragrância de fim.
Há beleza na curva de sua haste, na quietude de seu declínio visível.
Pois até a flor que se despede ensina que há graça no ato de murchar, e que a vida, mesmo que efêmera, é um belo ciclo que terá continuidade quando os olhos se fecharem aqui.
Texto produzido pela INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA)