281°
Escrevo para a “finada” que amei
Que vive a ilusão do bem querer
Habitou as festas enquanto eu sofria
A cada copo virado minha vida ruía
Fui dependente e foi fácil ser machucado
Afinal de contas sair por cima é o ideal
Enquanto eu rastejava por um amor falido
As ruas iam carregando o seu sorriso
Você resolveu viver enquanto eu morria
Definhando em um quarto sujo
Estava entregue ao que me aprisionei
Toda culpa pelo fracasso foi minha
Desde o momento em que te olhei
Você foi o desperdício a quem me entreguei
O motivo das minhas várias despedidas
Quem vive de cabeça baixa
Não sabe o que está perdendo
Otreblig Solrac - O poeta burro