Sussurros da morte
No crepúsculo da vida, onde sombras se alongam,
a morte se aproxima, com seus passos silenciosos.
Ela não traz aviso, não bate à porta,
chega como um sussurro, um véu que se arrasta,
o frio de sua mão é um toque que se impõe,
a chegada de um fim que não se pode ignorar.
No olhar daquelas flores que murcham,
há um eco do que foi, do que poderia ter sido.
Lágrimas se misturam ao orvalho da manhã,
e os risos do passado se tornam ecos distantes,
como se o tempo fosse um ladrão traiçoeiro,
que leva consigo as memórias, os momentos.
Ah, como é difícil aceitar sua presença!
A vida, esse baile efêmero,
onde dançamos entre alegrias e tristezas,
agora se esvai, como areia entre os dedos,
e o coração, um tambor que dispara,
ressoa em desespero ante a inevitável partida.
A morte não é apenas um fim, mas um portal,
uma transição que poucos conseguem compreender.
É o silêncio que se instala, pesado,
é a ausência que grita em cada esquina da casa,
nos objetos que falam, nos espaços vazios,
e a alma, em sua luta, busca respostas.
Quem somos nós, senão viajantes errantes,
navegantes de um mar de incertezas e medos?
Na despedida, há um misto de dor e libertação,
uma entrega ao desconhecido, ao que vem a seguir,
mas, ah, como é difícil soltar as amarras,
deixar para trás o que foi amado, o que se construiu.
E no luto que se instala, a vida continua,
mas com um gosto amargo de ausência.
Os rostos se tornam lembranças,
as vozes, ecos de um tempo que não volta mais,
mas no silêncio, surge uma força,
uma centelha que nos lembra do que foi vivido.
Na memória, encontramos o calor do amor,
e as lições que a vida, mesmo na dor, nos trouxe.
Cada lágrima é um tributo, um agradecimento,
e, ao encarar a morte, também celebramos a vida.
Pois no final, ela não é uma inimiga,
mas uma parte do ciclo, um sopro do eterno.
E quando a morte finalmente nos abraçar,
que sejamos como folhas que dançam ao vento,
aceitando a transformação, a passagem serena,
porque em cada fim, há sempre um recomeço,
e na eternidade, as almas se encontrarão,
em um abraço silencioso, sob as estrelas do além.
Texto produzido pela INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA)