Nos braços da morte

Nos braços da noite, surge a Dona Morte,

Com seu olhar profundo, revela um norte.

Ela é a musa de um amor tão sombrio,

Um desejo oculto, um doce desafio.

Seu toque é suave, como brisa no ar,

Cada sussurro promete o fim do pesar.

Nos labirintos da mente, ela dança e seduz,

E no silêncio do medo, o coração reluz.

“Venha, meu amor”, ela diz com ternura,

“Na eternidade, encontraremos a cura.

Deixe os fardos da vida para trás,

Aqui na penumbra, o amor nunca faz paz.”

E assim me entrego à sua doce canção,

Na morte, descubro uma nova paixão.

É um amor que floresce entre sombras e luz,

Um laço eterno que o tempo traduz.

No instante final, quando tudo se apaga,

Sinto seu abraço como a mais bela saga.

Atraído pelo mistério que ela traz consigo,

Apaixonar-se pela morte é encontrar abrigo.

Dona Morte me envolve em seu manto sutil,

E no beijo da despedida, sinto-me febril.

O prazer de partir é um amor profundo,

Na dança da morte, renasço no mundo.

alivsma
Enviado por alivsma em 08/10/2024
Código do texto: T8168557
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