A tal guilhotina
Na praça sombria, a guilhotina me espera,
Silenciosa e fria, uma sombra que impera.
A lâmina reluz, um aviso cortante,
E o destino se trama num instante constante.
Os murmúrios ecoam, a multidão se agita,
Corações aceleram, a tensão palpita.
Um passo em falso, o peso da decisão,
Um fio afiado que corta a ilusão.
O réu se apresenta, os olhos vazios,
Carregando as culpas de seus desafios.
O tempo para, o mundo se silencia,
E a lâmina desce com cruel frieza.
Sangue e suor na história contada,
As vidas se entrelaçam em dor acumulada.
E ali na praça, sob o céu cinzento,
A guilhotina é símbolo de lamento.
O eco do aço ressoa na mente,
A vida se esvai em um ato tão presente.
E no final do dia, a sombra persiste,
Na memória de todos que ali coexistem.
Assim segue a história, sem redenção ou paz,
Onde a guilhotina observa e não se desfaz.
E sob seu olhar gélido cruel e de certa forma apaixonante,
Ficamos à mercê de um destino infiel e constante.