A Culpa Morre
No peito, um peso se esvai,
A culpa que ardia, se desfaz.
Não há mais ferida que impeça o riso,
Nem sombra que encobre o paraíso.
Foi-se a âncora, a corrente pesada,
A prisão invisível, agora é nada.
Nos olhos, o brilho se refaz,
A alma liberta, caminha em paz.
Desce ao fundo, onde jaz esquecida,
Culpa, outrora viva, agora adormecida.
E no silêncio, o eco distante,
A vida renasce, em um instante.
Agora, sou vento, sou mar aberto,
Sem voz que sussurre o erro incerto.
Morreu a culpa, e com ela, o receio,
Nasce em mim, um novo anseio.