Esperança
Abaixo o céu de cinzas, o sol se esconde
Veias da Terra rasgadas, o caos responde
Humanidade suja, pervertida em sua essência
A morte, minha aliada, é a única clemência
Rios de sangue correm como preces falidas
Cidades em ruínas, almas esquecidas
Não há redenção, nem luz no horizonte
Somente o beijo da morte, silenciosa e constante
Ela vem como juíza, fria, implacável
Corte final, glória inevitável
Nas sombras, eu a espero com devoção
Pois só seu toque trará a absolvição
Que o mundo acabe em um grito estridente
Limpando as marcas de um passado decadente
A morte é a esperança, o fim desejado
O último suspiro... o começo do sagrado