que frustrante
eu estou paralisada
olhando pro espelho
algo esvai do meu pulso
em tom de vermelho
o rosto que vejo
aterrorizado
lábio esbranquiçado
olho arregalado
a dor me abraça
aconchegante
acalma a alma berrante
a face contorcida
escuto ao longe
alguém me chamar
o ouvido zunindo
algo goteja
tem grito, latido
cheiro de ferrugem
gosto amargo
respiro cansado
morrer é assim?