Contas Incontáveis Condolentes...
Dor, tristeza e sofrimento.
Os mesmos ciclos que fomentam a base de todo o desespero
De meu espírito inconformado e partido mostram os desfigurados
Reflexos do resto dos espelhos que me sangram o há em mim...
Incontáveis contas em uma linha infinita contam-me os segredos
E os mistérios místicos de maldições esconjuradas por antigas eras
Repetem a história que me jura eternamente um conjurado castigo...
Quebrado, fragmentado e estilhaçado.
Em cada pétala dessa rosa dos ventos, que insiste em apontar-me
Somente para o sul, existe uma semelhante estória em cada semente
E em cada grão dessa linha do tempo tecida por pontos de morte...
No meu rosário de tragédias e misérias, seguem-se sucessivamente
As minhas contas materializadas, através das cinzas das carnes
De cada vida em cada reencarnação nas quais vivi e morri...
Rancoroso, ressentido e revanchista.
Porque muitas foram as vezes as quais eu desejei simplesmente
Romper para sempre com o emaranhado de contas neste fio na teia
A tecer o tecido do meu artefato mundano em reino espiritual...
Compreender a lógica e o motivo das leis que regem este universo
Jamais foi o bastante para que eu me sentisse conformado com o meu
Fardo nem vontade de perdoar ninguém por tudo que me aconteceu...
Ódio! Ira! Cólera!
Sinto a taquicardia em o meu coração pulsar bruscamente igual
A placas tectônicas, enquanto sinto o meu sangue ferver como
Um vulcão em erupção a implodir magma e a explodir lava...
Enerva-me em meus nervos esse sentimento que estremece meu corpo
Outrora vívido e, entretanto, mesmo morto, ainda sinto os meus ossos
Tremerem do mesmo sentimento que fervilha a minha alma no inferno...
Luta! Justiça! Vingança!
Nessa guerra incessante na busca de poder para poder viver com honra
E dignidade é preciso lutar até o fim até o fim dos tempos ou até mesmo
Até à morte e assim forjar o caráter através de constantes batalhas...
Provam-se nas provações os sabores e os dissabores de cada prova
Que impunha o amargo sangue nos punhos do bravo combatente
A combater de modo severo o infortúnio de um amaldiçoado destino...
Desolado! Derrotado! Destruído!
Não me rendo nem manifesto redenção e tampouco renuncio
Os meus mandamentos dos quais estou convicto do fundamento
Que formou o alicerce e os pilares de toda a base de meu templo...
Ruínas de mentiras arruinaram tudo que realmente desejei de verdade
E o único culpado sou eu mesmo que sou a mim mesmo o meu algoz
E o meu vingador que lutam contra mim mesmo e o que eu sou...
Sono... Sonho... Pesadelo...
...
Onírico devaneio ilusório... tornei-me... estória de minha história...
...
(Bhrunovsky Lendarious)