FANTASMA
FANTASMA
Quando eu for embora
O que farão da minha história?
Quanta mentira será dita?
Quanta verdade será omitida?
E se eu não puder ver minha fita?
E se não houver quem me defenda
De alguma língua maldita?
E se não puder resurgir
E atormentar o sono do insano?
Sem me regozijar, me diverir
Com o medo, o pavor do profano?
Ah! Vou sim, resistir
Mesmo depois das luzes apagadas.
Morrerei, mas não deixarei de existir
Tenho vidas que serão multiplicadas.