DAS VEZES QUE MORRI
Morri quando roubaram o sentir.
Toque em cárcere privado,
Maldizeram o meu tato,
Reprimido.
Morri quando roubaram meu ouvir.
"À este dogma apenas ouça",
Pelo Inferno imaginário
Oprimido.
Morri quando roubaram a voz.
O falar não foi ouvido,
Fui silenciado,
Emudecido.
Morri quando roubaram os olhos.
Fui privado da visão,
Não via à frente,
Escurecido.
Vivi!
Redimido por razão.
Renascido da vil prisão.
Entendi qual é minha missão.
Nenhum dogma fixo ou crença alheia,
Que não seja minha fé, me trará salvação.