O Enigma da Morte
Por que morremos? É a dúvida eterna,
A sombra que persiste na mente humana,
Um ciclo inevitável, uma porta que se abre,
Na jornada da vida, a despedida plana.
Morremos para ceder lugar ao novo,
Como folhas caem para a árvore renovar,
É o ritmo natural, o fluxo do tempo,
Um sopro de vida que se vai, sem avisar.
É talvez um descanso, um fim de jornada,
Após lutas travadas, a paz desejada.
Um retorno ao pó, ao todo, ao nada,
Um mistério profundo, a resposta velada.
Morremos para que a memória floresça,
Nos corações que ficam, a saudade aqueça.
É um laço invisível, uma chama que arde,
Um legado deixado, uma história que guarde.
Será que morremos para valorizar a vida?
Para sentir cada instante, a alegria contida?
É um convite à reflexão, ao amor sem medida,
A lembrar que o tempo é uma dádiva dividida.
Por que morremos? A resposta é incerta,
Mas talvez, na dúvida, a beleza se desperta.
É a dança da existência, um ciclo infinito,
Uma pergunta sem fim, um enigma bendito.