O Enigma da Morte

Por que morremos? É a dúvida eterna,

A sombra que persiste na mente humana,

Um ciclo inevitável, uma porta que se abre,

Na jornada da vida, a despedida plana.

Morremos para ceder lugar ao novo,

Como folhas caem para a árvore renovar,

É o ritmo natural, o fluxo do tempo,

Um sopro de vida que se vai, sem avisar.

É talvez um descanso, um fim de jornada,

Após lutas travadas, a paz desejada.

Um retorno ao pó, ao todo, ao nada,

Um mistério profundo, a resposta velada.

Morremos para que a memória floresça,

Nos corações que ficam, a saudade aqueça.

É um laço invisível, uma chama que arde,

Um legado deixado, uma história que guarde.

Será que morremos para valorizar a vida?

Para sentir cada instante, a alegria contida?

É um convite à reflexão, ao amor sem medida,

A lembrar que o tempo é uma dádiva dividida.

Por que morremos? A resposta é incerta,

Mas talvez, na dúvida, a beleza se desperta.

É a dança da existência, um ciclo infinito,

Uma pergunta sem fim, um enigma bendito.

Dáhlio Figueiredo
Enviado por Dáhlio Figueiredo em 29/05/2024
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