O Jardim das Sombras Eternas
Em um jardim de sombras frias,
Onde a lua nunca ri,
Crescem rosas de agonia,
Com espinhos a ferir.
Noite eterna, sem aurora,
Anjos caem, corvos cantam,
Sinos tocam, hora após hora,
Enquanto os mortos se levantam.
Rios de sangue correm lentos,
Por entre árvores sem alma,
Sussurros levam aos ventos,
Histórias de dor e trauma.
Caveiras dançam, esqueletos riem,
Em um banquete macabro e insano,
Enquanto os vivos, apavorados, fogem,
Do espectro de um destino profano.
Morte, dama de negro véu,
Com olhos de abismo sem fim,
Seu riso ecoa como o som do céu,
Rasgando a noite, fazendo enfim:
Que toda luz se apague,
Que toda vida cesse,
E no seu abraço amargo,
O terror prevalece.