ah criança
Ah, criança
Espectro sutil e ansioso
Preso dentro da tua escola
Sem amparo — um fantasma.
Diz-me: “seu moço
Fiquei preso na escola
Tira-me daqui ô moço,
Que não há manhã para mim!”
Não posso fazer nada, Ó triste sombra
Infante menino em delírio,
Se és real, tal como me surges
Só posso ter pena de ti.
Pois, abrindo todas as salas,
Acendendo todas as luzes
Destravando portões e portas
Jamais pudemos encontra-lo
E, se acaso procuras,
O caminho de casa
Os braços de tua mãe chorosa
Só hás de encontra-los
Num outro plano.