SOB A MÁSCARA E O MANTO (BP)
Às bestas que cercavam, a carne jogada serviu de alimento.
Ao banquete, a criatura assistiu.
Brevemente contente e saciada, no silêncio seguiu.
Obsidiada e devorada, a presa murchou, morreu e ressurgiu.
Atuou lado à lado com a morte, a foice não viu.
Os sinos de Eros dobraram-se, ouviu?
Repentina brisa anuncia tempestade a chegar.
Trovoada forte, emocionada a retumbar.
Treme os céus, o imponente som do trovejar.
Desobscurecida, a lua refletia o relampejar.
À luz que brilha, os olhos não sustentam.
Os sentidos do ágil lagarto desorientam.
Foi assim que a criatura conseguiu esquivar.
Ocultou a presença na penumbra, seu habitar.
Retornada a sua forma original.
Corre a lenda da criatura visceral.
Sob a máscara e o manto que a cobriu.
Segue vagante seu corpo lânguido e esguio.
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Os poemas com o final (BP) pertemcem à categoria "baú de poesia". Os poemas desta categoria, escrevi em datas aleatórias e foram publicados posteriormente.