Prisão Carnal
Em sombras densas, meu ser vagueia,
Cansado de lutas e esperanças vãs,
O fardo pesado, a alma anseia,
Por uma luz que me liberte, enfim,
Destas amarras terrenas, sem fim.
Fracassos ecoam, reverberam na mente,
Como um maldito eco triste, sem fim,
O peso do erro, tão latente,
Me afoga em um mar de desdém,
Quero romper essa prisão, vagar no além.
Mas sigo, persisto, ainda que cansado,
Nas asas de um sonho, tento voar,
Deixar para trás as lágrimas do passado,
Encontrar em mim, em vão, forças para lutar,
E das cinzas do fracasso, renascer, criar.
Que minha alma, aprisionada, encontre o caminho,
Para voar daqui, para o éter divinal,
E que esse fardo pesado, sozinho,
Se desfaça no vento, num suspiro final,
Libertando-me enfim, deste cárcere carnal.