O DESTINO DO POETA
Aqui jaz um amor perdido
Tão náutico e sem oxigênio
Dantes vivia sempre aquecido
Agora é tão frio e homogêneo
Na egrégora falta-lhe ânimo
Os pensamentos incontidos
O que há no livro Sânscrito
São mistérios despendidos?
Eis ali jaz um amor e sem laços
Sem uma coroa de flores
Fenece o grandioso abraço
E o que tinhas a não ser dores?
Ah, é um amor que ali jaz
O que tanto foi tão digno
Se desvencilha e não compraz
O poeta que vive seu destino