193°
Os olhos do poeta se fecharam
Sua ultima visão foi a beleza
Sua amada estampada na estante
A representação do amor pulsador
No ultimo instante de animação
Seu corpo aos poucos desanimou
Seu corpo foi deixando de se mover
Sua respiração foi ficando rarefeita
E ele via a representação da sua amada
Ao lado da imagem um conto de fadas
E ele foi entregando-se ao inevitável
O poeta deixava de ser vivo
Aos poucos suas pálpebras se fechavam
E ao lado do corpo inanimado
Um poema dedicado ao amor de sua vida
A musa inspiradora dos seus poemas
Aquela que partiu sem ao menos dizer adeus.
Otreblig Solrac - O poeta burro