A ilusão da morte.
A vida quando você morre acaba, como se você nunca tivesse existido.
Apenas o covarde consegue ser mentiroso ou a pessoa com indigência cognitiva, a morte é o fim da existência, motivo pelo qual a referida não tem sentido, não há finalidade para o futuro existencial.
Viver é ilusão pelo fato que não existimos antes e não viveremos posteriormente, deste modo, o homem não existe, em razão da existência ser apenas em seu tempo histórico.
Quanto a minha pessoa mentir para o meu cérebro, não teria tal procedimento, devido ser honesto, entretanto, qual o problema de morrer e desaparecer, nenhum, o absurdo é a eternidade.
Deste modo, a vida é vazia, sem significação, viver é perda de tempo, entretanto, suicidar é falta de inteligência, pelo fato que a vida só tem um instante contínuo.
Você sabe por que a vida é boa, exatamente por não ser, se tivesse opção de escolher a priori para existir, escolheria para não ter existência, teria tal procedimento por ser inteligente.
Já que sou existente, se pudesse escollher, escolheria para não morrer, entretanto, nada disso posso fazer, portanto, viverei, enquanto viver sou massa atômica, quando morrer energia quântica.
Posteriormente, eternamente, pó químico mimetizado na poeira hidrogênica deste universo.
Se pudesse acabar com tudo, acabaria com tudo que não presta, sobraria tão pouco neste planeta terra.
Pensar em outra vida, tão somente delírio cognitivo, em deus a mais absoluta loucura, o que sou?
Apenas um pedaço de carne pensante, perdido no tempo e no espaço, sonhando ser um sapiens geoastrofísico.
Na verdade sou uma célula mater eternamente mitocondrial como elo replicativo da espécie.
Todavia, também sou parte de uma galáxia deste infinito perdido, na ilusão da realização da ficção dos meus sonhos, nada além do meu intermitente deixar de ser.
Edjar Dias de Vasconcelos.