“Uma carta de Reencontro”

Oi mãe que bom te escrever!

Estava com saudade de você

Te amo tanto que parece clichê

A verdade que não há por que, ficar longe do‘cê.

Por que demorou tanto prá acordar ?

Fiquei triste e chorei rios de lágrimas.

Sabes que preciso de abraço para amar ?

Tê-la em estima ? se doar ? viver sem rimas?

A poesia sem sentido, eu sei, é destoante perdido

Não verbaliza mais minha vida, me deixa aborrecido.

O tempo já vencido, se tornou um amigo

Mãe, não demora a estar comigo!

(...)

E ao acordar, olhe longe, lá atrás do monte

D'onde Deus fez o rio, a fonte e a ponte

Segue as pedras afogueadas das águas confronte

Vai me achar de braços abertos lá no horizonte.

E ao encontrar (como Deus queira)

Meu carinho não estará 'nem eira nem beira'

Vai ser doideira e vamos chorar sem serapilheira

No sopé do monte, virá toda faceira (Ó mãe guerreira!)

E no dia findar (uma prece vou ofertar)

Para o amor de Deus desaguar (em mim, em você, em nós)

A força que não nos deixa a sós (e ressignificará)

Águas da Ressurreição que brotará!

Ó mãe tão querida!

Neste dia não lamentarás mais feridas

Tua existência curará as filhas perdidas

É promessa de mãe, traduzida, a mais bonita.

Assim, vou te ter como sempre quis

Lembrar d'amiga que na vida fiz

Cuidou de mim, com amor motriz

E te ver de novo, ah é tão feliz!

E por fim, eterna assim,

Grato será a Deus:

Que os nossos filhos, netos e amores seus

Trilhem a senda (do Amor) de quem creu e reviveu

Juntos, rejuvenescer no colo teu!

Ó mãe, que (a morte) venceu!

Leonard Matched Valid
Enviado por Leonard Matched Valid em 04/03/2024
Código do texto: T8012337
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