Rhuen, 18 de março de 1985.
Neste dia, encontro-me envolta por uma densa névoa, imóvel a cada efêmero instante matutino. As vias, tão plácidas, conduzem-me sob o peso da penumbra como uma âncora que arrasta minha alma às profundezas mais tenebrosas.
O silêncio circundante é ensurdecedor, como se o próprio cosmos estivesse de luto por minha existência solitária, reverberando a dor que dilacera meu coração.
Em meio a essa atmosfera de melancolia e desolação, cada pensamento parece ser um eco sombrio que ressoa em meu íntimo, envolvendo-me em um manto de tristeza que parece impossível de ser dissipado.
As sombras se alongam, criando um cenário ainda mais opressivo e sufocante, enquanto a solidão se torna uma presença palpável, como um espectro que me acompanha a cada passo.
Neste ambiente funesto, encontro-me imersa em reflexões sombrias e desesperançosas. Cada batida do meu coração ecoa como um tambor fúnebre, marcando o compasso lento e doloroso da minha solidão profunda e avassaladora. As lágrimas silenciosas que escorrem são testemunhas mudas da minha dor, refletindo a angústia e a desolação que habitam minha alma atormentada.
Assim, diante deste quadro de desolação e desespero, busco forças para prosseguir em minha jornada, mesmo que cada passo pareça ser uma descida mais profunda nas trevas.
A esperança, frágil e vacilante, persiste em brilhar em meio à escuridão, uma luz incerta que me guia através das sombras e me recorda de que, mesmo na mais profunda tristeza, há sempre a possibilidade de vislumbrar um raio de luz.