Thanatos (Morte)
Thanatos sairá do Érebo profundo
Para ceifar os dias de minha existência
Mesmo que eu me agarre com insistência
Às alegrias e prazeres deste mundo.
Irmão de Hipnos, o silencioso,
Cubra-me com seu negro manto!
A vida me rendeu dor e pranto
E quase nada foi glorioso.
Viver é um labor sem fim,
Um mar feroz de decepções
Depois de tantas desilusões
Que venha a Morte para mim!
Não quero sonhos de Morfeu
Nem favores de Afrodite
Tudo o que quero, acredite,
É ver que meu corpo feneceu.
Thanatos, filho de Nix e minha paixão,
Bata depressa à minha porta!
Pois hoje desejo estar morta,
Ser um cadáver frio num caixão!