GUERRA

O ribombar ,

Se fosse música, seria sonho;

Ouvi-se- ia trombetas ,

E a opereta

Propagaria o som

De melodias celestiais!

Estranho que eu componho,

E me decomponho

Numa sonata que não é música,

Nem é sonho.

É pesadelo que não se decompõe ,

Compõe mais pesadelo!

Ponho na alma, música,

Componho sonhos, e não estranho

A sonata estranha

Que não fala de música e nem de sonho;

Fala de morte , tolhindo os sonhos,

E em tristeza, me decomponho!