A Dança da Vida e da morte
Na dança efêmera da vida e da morte
Em cada passo, um sopro, vidas sem sorte
Caminhamos na trilha do desconhecido
Em busca do sentido, do firmamento
A vida, efervescente, como rio que corre
Em curvas sinuosas, entre risos e dor de gente que morre
Cada amanhecer, uma nova aurora
Cada entardecer, um suspiro de pôr do sol e agora?
No palco do tempo, a morte dança
Silenciosa, mas inevitável presença
A cada adeus, uma lágrima que avança
No ciclo eterno, uma inescapável sentença
Mas não somente luto e melancolia
Na morte, também a renovação
Como as folhas que caem no outono
Para que na primavera brote a criação
A vida e a morte, dançam juntas
Num eterno e intricado balé
Cada respiração, uma nota na partitura
Cada despedida, uma página a se escrever
A efemeridade da existência nos lembra
Que cada momento é um presente
Na dança entre o efêmero e o eterno
Encontramos o verdadeiro valor, o que realmente se sente
Assim, vivamos com intensidade
Apreciando cada passo, cada canção
Aceitando que, no palco da existência
A vida e a morte dançam em perfeita união